ALENQUER - PORTUGAL









ALENQUER



É uma vila portuguesa pertencente ao Distrito de Lisboa, região Centro e sub-região do Oeste, com perto de 9000 habitantes e com 11 freguesias. É banhada pelo rio do mesmo nome.
É sede de um município com 304,22 Km2 de área e 43086 habitantes (2013).
O município é limitado a norte pelo município do Cadaval, a leste pela Azambuja, a sueste por Vila Franca de xira, a sul por Arruda dos Vinhos, a sudoeste por Sobral de Monte Agraço e a oeste por Torres Vedras.

CARACTERIZAÇÃO

Mercê da sua disposição em encosta, partindo do topo de um outeiro em direcção ao vale, há muito que Alenquer conquistou o epíteto de " Presépio de Portugal ".

Berço de Damião de Góis e predilecta de Luís de Camões, desempenhou papel preponderante em cada época de história. Testemunho disso mesmo é o seu riquíssimo património: sítios pré-históricos, castelos, conventos, igrejas, ermidas, quintas e casas senhoriais. Cabeça, há oito séculos, de um vasto concelho-terceiro em área no distrito de Lisboa-limitado a norte pelas faldas do Montejunto e a sul pela campina do Ribatejo, apresenta uma paisagem característica, transição entre o campo outeirado da Estremadura e a planície, onde a vinha é predominante e base ancestral da sua economia.

ACTIVIDADES ECONÓMICAS

O concelho de Alenquer pode ser visto, em traços gerais, como um espaço em processo de expansão, sobretudo urbanisticamente, e em que a base económica é fortemente marcada pela agricultura, em especial a vinha e o vinho.

A evolução tem vindo a ser condicionada pelo posicionamento territorial do concelho em relação à Área Metropolitana de Lisboa, principal centro de produção e consumo do país. Esta circunstância, muito ligada à proximidade geográfica e à crescente dotação em matéria de infraestruturas de transporte, conferiu a Alenquer (nomeadamente às zonas do concelho melhor servidas neste domínio) uma significativa vantagem competitiva com efeitos na criação de importantes dinâmicas de desenvolvimento.

SECTOR PRIMÁRIO 

Agricultura

Principais produções por ordem de grandeza: vinha, prados temporários, culturas forrageiras (criação de gado, regime de pousio), cereais (sobretudo grão) predomínio das culturas extensivas e de sequeiro. Zonas da Merceana, Labrugeira e Olhalvo responsáveis por 20% a 25% da produção de vinho da região Oeste.


Pecuária

Principais produções: aves e coelhos


SECTOR SECUNDÁRIO

Industria Extrativa


Expressão muito significativa a nível concelhio e regional: representa mais de 30% do emprego e cerca de metade do volume de negócios sectorial registado na região Oeste. Predominam as pedreiras de calcário (a extração da areia é residual): britas a norte de Alenquer, britas em Atouguia, basalto no cabeço de Meca, britas na Sabreira, a norte do Camarnal, no Areeiro e a norte de Marés.


GEOGRAFIA

O concelho de Alenquer situa-se na Estremadura e faz parte do distrito de Lisboa. Tem uma superfície de 304,22 Km2 e entre os quinze concelhos que formam o distrito apenas o de Torres Vedras e o de Sintra superam esta área.

Na carta distrital o concelho desenha aproximadamente um quadrado. Ao norte está limitado pelos concelhos de Azambuja e Cadaval, ao sul pelos de Vila Franca de Xira, Arruda dos Vinhos e Sobral de Monte Agraço, a poente pelo de Torres Vedras e a nascente pelo de Azambuja e pelo rio Tejo.
A estrutura orográfica do concelho é dominada, a Norte pelo perfil arqueado e poderoso da Serra de Montejunto (666 mt) que se prolonga a Oeste pela Serra Galega e Serra Alta (360 mt).
Mais a Sul ganham altura as cumeadas de Monte Redondo (212 mt) e da Serra de Ota (167 mt), as silhuetas do Cabeço de Meca (279 mt) e das Coteinas (218 mt).
Depois, em anfiteatro, ondulam as colinas do Falgar (228 mt), Cabreira (217 mt), Amaral (290 mt) e ultrapassada a Acrópole de Alenquer, as planuras da Várzea e da Charneca, espraiando-se até à beira-rio, rematam o complexo desenho do relevo da região de Alenquer.



HISTÓRIA


Alenquer de " Alen Ker " significa " A vontade de Alão ". O cão alano, uma raça conhecida pelas suas qualidades na caça e combate, continua a proteger a vila de Alenquer no seu brasão. Alenquer foi fundada por muçulmanos e conquistada por D. Afonso Henriques. Recebeu foral em 1212 da Infanta D. Sancha, filha de Sancho I de Portugal, esta é uma das versões, outros autores preferem referir sobre a etimologia de Alenquer, referir que a vila de origem romana, dizendo que então se chamara Jerabrica, querem outros que fosse fundação dos alanos, no ano de Cristo de 418, e que estes a denominaram Alan Kerke, na sua língua

" Templo dos Alanos ".

Lendas

A Lenda do Alão Quer


Existem duas versões distintas acerca da derivação do nome da vila de Alenquer. Uma das versões conta que D. Afonso Henriques se deparou com uma cidade fortemente defendida pelos mouros e decidiu conquistá-la. Diz-se que na manhã em que o rei decidiu tomar o castelo, indo ele com o seu séquito tomar banho no rio e fazer as suas correrias, viram que um cão grande e pardo, que vigiava as muralhas do castelo e se chamava Alão, calou-se e lhes fez muitas festas. El rei, tomando isso por bom presságio, decidiu começar o ataque ao castelo dizendo o "Alão Quer ". Estas palavras teriam servido para o futuro apelido da vila. A outra versão conta que o cão chamado Alão levava as chaves na boca, todas as noites, pela muralha fora até à Casa do Governador, e que os cristãos, aproveitando-se dos instintos do animal, prenderam então uma cadela debaixo duma oliveira à vista do cão, que galgou o muro, entregando as chaves aos portugueses. Estas lendas não têm até hoje nenhum fundamento comprovado, mas é certo que o brasão da vila tem um cão, o que de algum modo dá crédito à lenda.


ALENQUER, VINHOS DOC

A região de Alenquer produz alguns dos mais prestigiados vinhos DOC da região de Lisboa (tintos e brancos). Nesta zona as vinhas são protegidas dos ventos atlânticos, favorecendo a maturação das uvas e a produção de vinhos mais concentrados. Noutras zonas da região de Lisboa, os vinhos são aromáticos, elegantes, ricos em taninos e capazes de envelhecer alguns anos em garrafa. Os vinhos brancos caracterizam-se pela sua frescura e carácter citrino.

Os melhores vinhos DOC desta zona provêm de castas tintas como por exemplo, a casta Castelão, a Aragonez (Tinta Roriz), a Touriga Nacional, a Tinta Miúda e a Trincadeira que por vezes são lotadas com a Alicante Bouschet, a Touriga Franca, a Cabernet Sauvignon e a Syrah, entre outras. Os vinhos brancos são normalmente elaborados com as castas Arinto, Fernão Pires, Seara Nova e Vital, apesar da Chardonnay também ser cultivada. Alenquer dispõe de um Museu do Vinho, a funcionar desde 2006, o Museu do Vinho do Oeste expõe, dá a provar e permite a aquisição dos melhores vinhos da região. São 12 os produtores que marcam presença. Os vinhos de Abrigada, Anjo, Boavista, Carneiro, Chocapalha, Cortezia, D. Carlos, Margem da Arada, Monte de Oiro, Pancas, Plátanos e Valle do Riacho,quintas do concelho de Alenquer, possibilitaram o arranque do portal.